sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Opinião ou informação?


É interessante ver como os grandes meios de comunicação se comportam. Por mais que saibamos, não tem como se acostumar com a falta de compromisso com a verdade por parte deles. De fato, se prioriza a opinião – a forma com que as pessoas vão entender os acontecidos, ou a forma com que querem que o entendam – do que a informação.
O jogo de palavras utilizado por estes veículos é um dos pontos chave nessa manipulação para ludibriar a opinião pública. Apenas uma palavra pode mudar todo o sentido da notícia sendo divulgada. Nesse caso, podem-se destacar fatos que estão frescos na memória da população.
O incidente ocorrido nesta semana com a distribuição de energia elétrica é um deles. A simples troca da palavra “blecaute” por “apagão” muda completamente o sentido do que ocorreu. As reportagens relacionadas ao caso só tratam o assunto – de maneira sensacionalística – como “apagão”. Foi imprevisível o que aconteceu, e nenhuma gestão está livre disso. Mas, um “acidente” provocado por ações naturais não quer dizer que seja uma falta de planejamento. Falta de planejamento é o que houve no governo FHC, onde tivemos que racionar energia por um grande período – isso sim foi “apagão”. Essa é uma manobra que, sem felicidade, tenta atribuir falhas na gestão de Lula pra prejudicar a eleição de Dilma.
Outra “troca de palavras” recente é em relação ao golpe que aconteceu em Honduras. A substituição do termo “governo golpista” por “governo interino” muda toda conotação da história. Houve um golpe porque o presidente eleito pelapopulação, Manuel Zelaya, estava tomando medidas que destoavam com o programa da direita naquele país. Mas os veículos de comunicação não apontam quem assumiu o poder como golpistas, mostrando, mais uma vez, seu apoio a tomada do poder pelas elites na América Latina. Por estes e outros motivos não tem apelido melhor para chamarmos estes veículos do que Golpistas.É tão verdade o apoio as elites e a projetos que não priorizam a população com menos poder aquisitivo, por parte dos grandes meios de comunicação, que é só lembrar a criminalização feita em relação ao pleito de tentar disputar outro mandado, por Hugo Chávez. Dizia-se que era tentativa de ditadura, que era antidemocrático. Tentaram fazer esse jogo – reeleição é igual a ditadura – também aqui no Brasil. Nem o partido do Presidente, nem ele próprio tinham se pronunciado a favor mas, a mídia gorda já falava em monarquia – aVeja até lançou uma capa de revista com Lula coroado e no trono. Isso tudo para tentar desgastar um governo que luta pelo social e pela melhoria da vida dos brasileiros. E também não tiveram êxito.Por que será que não foi feito este mesmo estardalhaço quando Fernando Henrique tentou, e conseguiu, o direito de disputar um segundo mandato? Será que a gestão tucana, ou melhor, a mídia, estava do lado de quem? E Uribe, presidente da Colômbia? Ele está tentando terceiro mandato, alguém está vendo enfoque para a tentativa de reeleição dele? Por que não é tentativa de golpe, de ditadura, ou de manutenção do poder ad eternum? Será que Uribe está de que lado? A importância maior que os noticiários estão dando para Colômbia é sobre a implantação das Bases norte-americanas e suposto combate ao narcotráfico. Por que será?
É importante que estas informações contraditórias sejam passadas a frente, pois esses grande meios tentam sempre “apagar” ou enfraquecer a memória do povo. A população tem direito de saber quem serve a quem. A grande mídia e os partidos de direita servem as elites e a interesses privados, e o Governo Lula, a Ministra Dilma e o Partido dos Trabalhadores servem, sem sombra de dúvida, ao povo brasileiro.
Leno Miranda - PT - Partido dos Trabalhadores - Movimento Mudança - Bahia
httpnoticiasaesquerda.blogspot.com/://

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