quinta-feira, 23 de junho de 2011

Justiça determina afastamento da prefeita de Mato Verde, Norte de MG.

Ela e outras quatro pessoas são suspeitas de desvio de dinheiro. MPE disse que há irregularidades em licitações.

O Ministério Público de Minas Gerais realizou hoje na cidade uma operação de busca e apreensão para apurar desvio e apropriação de recursos públicos.

A pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça mineira determinou o afastamento do cargo da prefeita de Mato Verde, cidade do Norte de Minas, e de três secretários municipais por suspeita de desvio e apropriação de recursos públicos.

Para apurar as possíveis fraudes, o MPMG ouviu testemunhas, analisou documentos e realizou hoje na cidade uma operação de busca e apreensão na residência e no local de trabalho da prefeita, dos três servidores públicos, de "laranjas" e do contador do Município suspeitos de participarem do esquema.

Por solicitação do MPMG, a Justiça determinou ainda a indisponibilidade dos bens da prefeita, do tesoureiro do Município, que é filho dela, do secretário municipal de administração e do chefe do setor de licitações da prefeitura.

Segundo apurou o MPMG, a prefeita de Mato Verde e o filho dela emitiam cheques em nome de pessoas como se elas tivessem prestado algum serviço ao município. Para conseguir sacar os valores no banco, os suspeitos falsificavam a assinatura dessas pessoas.

O MPMG apurou também que os suspeitos contratavam uma empresa fantasma para prestar serviços ao município. Para criar essa empresa de fachada, duas pessoas teriam sido usadas como laranja pelo grupo.

As investigações apontaram que essa empresa vencia as licitações fraudulentas e simulava o fornecimento de bens e de serviços ao município. Há indícios, conforme a apuração, de que dos valores pagos a ela eram divididos entre os suspeitos. Um levantamento feito pelo MPMG aponta um prejuízo aos cofres públicos estimado até o momento em mais de R$ 220 mil.

Assessoria de Comunicação do Ministério Público de Minas Gerais - Núcleo de Imprensa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário