segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vereadores propineiros, prefeituras sem prefeitos.

O papel do vereador é fiscalizar o prefeito, a prefeitura e fazer leis. No Ceará, o vereador virou sócio da prefeitura, participa da gestão, emprega familiares, amigos, fornecedores, empreiteiros e prestadores de serviços. Exercer seu papel nem pensar. Resultado: o Ministério Público é quem está fiscalizando, investigando e mandando a justiça punir. Foi o que ocorreu em Senador Pompeu, Santa Quitéria e outros municípios. 12 prefeitos já perderam os postos nos últimos 12 meses. Outros 80 estão sendo investigados.


Em Juazeiro do Norte, o prefeito Manoel Santana até que resistiu, mas acabou entregando a prefeitura aos vereadores que viraram donos dos cargos e das verbas. Ao prefeito couberam os recursos federais e estaduais.
Em Santana do Acaraú o prefeito está doente, reclama a população. Ele não aparece há meses na prefeitura. Está no fundo de uma rede, abatido, depressivo, com uma doença não diagnosticada. Não sai do cargo para não entregar ao vice, em quem não confia. A mulher dele é quem está administrando a cidade, mesmo sem ter recebido um voto. É uma “arrumação” com os vereadores. O povo ironiza: “Ele ta com barriga d´água e bucho cheio. A mulher é que manda”. O Ministério Público está investigando.
Na visão de muitos prefeitos quem manda nas cidades são os promotores de justiça, por causa da ausência dos vereadores ou por interesses políticos. A verdade é que tem muito promotor preocupado com o casamento comercial entre prefeitos e vereadores. Em Fortaleza, custou caro a cidade, a prefeita Luizianne Lins montar uma folgada base de apoio. São cargos e mais cargos e uma extrema sinalização de bondade para aprovar projetos e manter a maioria sem rebeliões.

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