quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O dinheiro é público mesmo...: TJ-SP não pretende punir 'fantasmas'


Um dia após anunciar que mais de quatro mil de seus servidores podem estar envolvidos num esquema de atestados médicos fraudados , recebendo dinheiro público sem trabalhar, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reafirmou nesta terça-feira que não pretende denunciá-los ou puni-los. Nem a secretaria estadual de Gestão, responsável pelos médicos que emitiram os atestados fantasmas, recebeu informações do TJ sobre as fraudes.

O novo presidente do TJ, Vianna Santos (foto), que tomou posse na segunda-feira, já afirmara que não pretende fazer uma "caça às bruxas".

A Associação dos Servidores do TJ (AsseTJ), que, em nota, afirmou se tratar de "denuncismo", pediu, no entanto, uma apuração rigorosa dos casos. O TJ apontou casos até de servidores afastados que estão trabalhando e morando no exterior. A denúncia foi feita pelos magistrados Roberto Antonio Vallim Bellocchi, ex-presidente do TJ, e Antonio Carlos Viana Santos.

A Secretaria de Gestão divulgou nota, informando que está enviando um ofício ao Tribunal de Justiça para solicitar os dados relativos aos servidores que estariam irregularmente licenciados para tratamento de saúde. A pasta disse que pretende punir os responsáveis, se tiver acesso às investigações do TJ.

"Somente após o recebimento e avaliação das informações oficiais será possível definir as medidas que serão tomadas", informou a secretaria, responsável pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado, que avaliava os pedidos de licenças do TJ.

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