terça-feira, 14 de setembro de 2010

STJ decide que governador do Amapá deve continuar preso - Brasil - Notícia - VEJA.com

Ministro João Otávio Noronha considerou que a liberação dos envolvidos prejudicaria as investigações

Gabriel Castro
O ministro João Otávio Noronha estendeu por mais cinco dias a prisão do governador afastado do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), do ex-governador e candidato ao Senado Waldez Góes (PDT) e do presidente do Tribunal de Contas do estado, José Júlio Miranda. O nome deles consta numa lista de seis investigados cuja prorrogação da prisão foi pedida nesta terça-feira (14) pela Procuradoria Geral da República.
Também permanecerão na cadeia o secretário de segurança, Aldo Ferreira, o ex-secretário de educação, José Adalto Bitencourt, e o empresário Alexandre Gomes de Albuquerque. A prisão temporária não poderá ser novamente prorrogada. Dias e Miranda estão detidos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, porque têm foro privilegiado. Os outros envolvidos foram levados para a ala federal do Presídio da Papuda.
Todos são investigados na Operação Mãos Limpas, que apura desvios de recursos públicos no Amapá. Os desvios chegariam a 300 milhões de reais. Ao todo, 18 pessoas haviam sido detidas na última sexta-feira – entre elas, secretários de estado e empresários. Doze detidos serão liberados depois da meia-noite de hoje, quando vence o prazo de cinco dias da prisão temporária. A ex-primeira-dama Marília Góes deve deixar o Presídio Feminino do Distrito Federal.
Nesta terça-feira (14), a oposição na Assembleia Legislativa do Amapá protocolou um pedido de impeachment contra Pedro Paulo Dias. O governador possui, no entanto, uma larga maioria na Casa: 21 dos 24 parlamentares. Mais cedo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa havia negado habeas corpus para Waldez e sua esposa.

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