domingo, 29 de maio de 2011

MAL-LAVADO RÉU EM AÇÃO DE SUPERFATURAMENTO DE 500% EM OBRAS DE HOSPITAL NUNCA CONCLUÍDO, SENADOR-EX-GOVERNADOR TENTA FATURAR EM CIMA DE CAOS NA SAÚDE EM MT.

 
Audiência na Câmara Municipal discutiu e debateu o caos instalado na saúde pública de Mato Grosso, inclusive no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, que virou notícia nacional devido às péssimas condições de trabalho e de atendimento. 
 
Requerida pela vereadora e primeira secretária, Lueci Ramos (PSDB) a audiência contou com a presença do senador, Jaime Campos (DEM) que atualmente é presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Segundo ele, o Estado precisa construir mais Hospitais Regionais. 
 
(Foto: ..HIPOCRISIA.. Em março do ano passado, o Ministério Público Federal reafirmou o entendimento de que houve graves irregularidades e ilegalidades na contratação e na execução da obra do Hospital Central de Cuiabá, localizado no Centro Político Administrativo. 
 
Mais que isso: os envolvidos foram os responsáveis, que houve superfaturamento da obra e desvio de verbas federais. 
 
A ação tramita desde 2003 e teve a sua fase de instrução processual finalizada agora. O processo vai para sentença. O empreendimento está relacionada entre as obras inacabadas pelo Tribunal de Contas do Estado.  Jaime Campos (foto) e seu irmão Júlio Campos, já foram e fizeram de tudo na política: de vereadores a prefeitos, de governadores a senadores. 
 
Júlio deixou o cargo vitalício de conselheiro do TCE-MT para a candidatura milionária, mas náufraga no reduto da família, a cidade de Várzea Grande. Em baixa nos últimos tempos, "os Campos", como são conhecidos, é uma oligarquia que coleciona mais derrotas do que vitórias. 
 
Jaime só foi eleito a senador por falta de opção dos eleitores do Estado, a exemplo do interiorano ex-governador monossilábico Rogério Salles. Cuiabá tem um único local para atender a toda demanda da saúde pública, o Pronto-Socorro Municipal. 
 
Para lá vão a população local, das cidades do interior, de estados vizinhos e até da Bolívia. Em TODOS ESSES ANOS os ex-governadores, a exemplo dos Campos — e mesmo o daqui a pouco ex-governador-candidato ao Senado Blairo Maggi —, não conseguiram efetivar uma obra estadual para desafogar o surrado PSM de Cuiabá. 
 
TODOS ESSES ANOS os nobres deputados igualmente não conseguiram efetivar no Orçamento anual uma verba para tal hospital. Por conta disso, um defensor público entrevistado recentemente por este jornalista alertou que o caos na saúde mato-grossense se arrastará pelos próximos cinco anos...)

“A saúde pública de Mato Grosso é caso de polícia, acredito que o maior problema é de gestão. Os salários são baixos e os profissionais têm que ter dois empregos para conseguir tirar um salário digno”, afirmou. Na avaliação do senador, OSs não vão resolver o problema. “Eles vão cobrar acima da tabela do SUS. Portanto, é simples. 
 
Basta o gestor pagar para os profissionais um pouco acima da tabela. Além disso, temos que discutir um novo pacto federativo. A Emenda 29 não foi aprovada até hoje”, comentou, ao argumentar que pediu ao governador um projeto para a construção de um Hospital, pois, como presidente da Comissão de Assuntos Sociais, poderia conseguir uma emenda para as obras.

Para o deputado federal, Valtenir Pereira (PSB), as condições de trabalho na unidade do Pronto Socorro são péssimas. “É um verdadeiro campo de concentração. Cada um faz o que pode. Mas precisamos de melhorias nas condições de trabalho. Precisamos ter um hospital de ponta aqui em Mato Grosso custeado pelo Governo Federal”, avaliou o deputado.

Valtenir afirmou que vai continuar lutando para solucionar os problemas da saúde no Estado. “Vou continuar apresentando emendas para saúde, no entanto, os gestores precisam colaborar, não podemos perder recursos por problemas administrativos,” apontou.

De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff (PT) destinou R$ 26 milhões para o Hospital Universitário Júlio Muller. No entanto, não fizeram o processo licitatório.
 
O recurso foi liberado, mas está contingenciado por isso. “Além disso, R$ 23 milhões foram destinados para o Metropolitano de Várzea Grande, mas não tenho notícia de que foi empenhado pelo Governo do Estado. O Ministério da Saúde também garantiu R$ 10 milhões para o hospital de Sinop. Ou seja, recurso há. O que não tem é gestão”, criticou.

Na tribuna, o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), disse que hoje já é possível enxergar uma nova realidade na unidade. “Agora não tem mais pacientes no chão. Melhoraram a situação, mas foram todas medidas paliativas. Isso prova que não há necessidade de contratação de uma Organização Social (OS) para gerir a saúde. Os próprios gestores são competentes para isso, falta apenas vontade política”, comentou.

“Vivemos uma situação de guerra e desumanidade total. Frente a isso, não poderíamos ficar calados. Estamos montando uma equipe de defesa da saúde. O então governador Blairo Maggi (PR) disse, em 2009, que não poderia fazer nada pelo Pronto-Socorro, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a lei está impedindo o direito à vida, temos que mudá-las”, disparou. 24 Horas News
B r a s i l_d a_c o r r u p ç ã o

Nenhum comentário:

Postar um comentário