segunda-feira, 16 de maio de 2011

PF cumpre 64 mandados de prisão por desvio de recursos de saúde em sete estados.

PREJUÍZO PÚBLICO DE R$ 3 MILHÕES EM 22 MUNICÍPIOS: PF prende 35 por desvio de verbas de prefeituras para compra de medicamentos destinado a pessoas carentes 


A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União, cumpre nesta segunda-feira 64 mandados de prisão em sete estados do país - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Rondônia. Segundo as investigações, os procurados pertencem a uma quadrilha que desviava verbas públicas federais destinadas pelo Governo Federal à compra de medicamentos por prefeituras. Os remédios deveriam ser distribuídos entre as populações carentes.
As investigações da Operação Saúde foram concentradas na fraude a licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e formação de quadrilha. 

A "Operação Saúde" da Polícia Federal prendeu até as 11h desta segunda-feira (16) pelo menos 35 pessoas em sete estados do país investigadas por fraudes e desvio de verbas públicas federais para a compra de medicamentos em prefeituras. A ação, que contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), ocorreu nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Rondônia. (Foto por Ronaldo Bernardi: Mandados de prisão foram cumpridos em Barão do Cotegipe)

Conforme a CGU, os presos são, principalmente, sócios e representantes de empresas, além de servidores municipais. As buscas foram feitas em dez sedes de empresas e seis prefeituras do Rio Grande do Sul, Pará e Mato Grosso. Fiscalizações realizadas nos dois últimos anos pela CGU em 22 municípios confirmaram prejuízo de mais de R$ 3 milhões para os cofres públicos.

A "Operação Saúde" tinha como objetivo cumprir 64 mandados de prisão temporária e 70 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça de Erechim (RS). A ação mobilizou 282 policiais federais e 18 auditores.

Investigação
 
As apurações começaram em 2009 e apontaram a atuação de três grupos criminosos distintos, todos sediados em Barão do Cotegipe, no Rio Grande do Sul, e com atuação em estados próximos, conforme a CGU. Os grupos envolviam empresas do setor de saúde que agiam em com apoio de servidores de várias prefeituras.

Segundo a CGU, as empreses envolvidas no esquema venciam as licitações, oferecendo preços baixos em pregões presenciais de municípios de pequeno ou médio porte. Em muitos casos, a licitação já estava direcionada para as empresas envolvidas no esquema, apontou a investigação. G1

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