terça-feira, 14 de junho de 2011

Policia Federal e CGU desarticulam quadrilha de fraudadores em Barro (Ceará).

A operação Robalo, nome de uma espécie de peixe que tem preferência por águas barrentas, em referência ao objeto da investigação e ao município investigado.

 
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizam hoje, em Barro, na região de Juazeiro do Norte (Ceará), a Operação Robalo, visando a desarticular uma organização criminosa que vinha desviando recursos públicos federais repassados ao município, destinados à construção de açudes públicos.


A operação deverá cumprir sete mandados de busca e apreensão na prefeitura, em residências (do prefeito e de diversos outros envolvidos) e em um posto de combustível do município. Participam da operação 45 policiais federais e oito servidores da Controladoria. 


A prática criminosa consiste na construção de açudes, utilizando maquinário de propriedade do próprio prefeito, além de servidores municipais e combustível pago pela prefeitura, mas dando aparência de que as obras teriam sido realizadas por empresas particulares vencedoras de processos licitatórios, aliás, fraudados, com a finalidade de embolsar os recursos supostamente pagos às empresas. 


A apuração teve início com uma denúncia formulada à Polícia Federal por três vereadores de Barro e um conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará. As investigações policiais in loco confirmaram os fatos trazidos na denúncia, sendo então instaurado um inquérito policial. Levantamento feito pela unidade regional da CGU no Ceará revelou o envolvimento de uma das empresas em irregularidades anteriores, que levaram à Operação Certame, realizada em maio de 2010. 


Segundo indicam as apurações, participavam também das fraudes um vereador, o presidente da comissão de licitação do município, um cunhado do prefeito e financiador de sua campanha e um empresário ligado a três empresas de construção, além do dono de um posto de combustível onde os tratores eram abastecidos.


Os implicados deverão responder por crimes de peculato, fraudes em licitações e formação de quadrilha. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife. A operação foi batizada com o nome de uma espécie de peixe que tem preferência por águas barrentas, em referência ao objeto da investigação e ao município investigado.

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