sexta-feira, 19 de agosto de 2011

OPERAÇÃO ALQUIMIA, DA POLÍCIA FEDERAL, DESBARATA FRAUDE DE R$ 1 BILHÃO AO COFRES PÚBLICOS BRASILEIROS.

Até uma ilha foi confiscada na megaoperação Alquimia da Policia Federal.


Até uma ilha foi confiscada na megaoperação Alquimia, realizada pela Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, na manhã de hoje (17), que desbaratou uma quadrilha formada por grandes empresários e que é considerada uma das maiores fraudes tributárias já descobertas no Brasil.

Conforme o delegado Marcelo Freitas, que coordenou a ação da Polícia Federal, as investigações começaram ainda no início da década de 1990 numa empresa de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Apenas em 2009 a PF e a Receita descobriram que faziam parte do grupo cerca de 300 empresas, muitas delas com sede no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

A operação Alquimia é realizada em 17 estados e no Distrito Federal. Participam dela 650 agentes da PF e inúmeros auditores da Receita Federal. Entre os crimes investigados estão evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Ao todo, estima-se que medidas judiciais adotadas chegarão a reaver à União um patrimônio de R$ 1 bilhão sonegados.

A operação é realizada simultaneamente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

As equipes da operação já haviam executado somente pela manhã 18 dos 31 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, 129 mandados de busca e apreensão e o sequestro de bens de 62 pessoas físicas e 195 empresas, e ainda 42 dos 63 mandados de condução coercitiva. Segundo a PF, todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.

Entre os bens confiscados chamou a atenção a presença até de uma ilha de 20 mil metros quadrados localizada em Salvador (BA). Constam também na lista várias aeronaves, lanchas, carros de luxo, imóveis residenciais e parques industriais.

Embora sem revelar os nomes e companhias envolvidas na fraude, o delegado Marcelo Freitas afirmou que “a empresa que encabeça o esquema é uma grande empresa do setor químico, de capital aberto, com sede na Bahia e em São Paulo e filias em todo o País”.

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