sexta-feira, 18 de maio de 2012

Caso Gilvan Luis: Dois anos de uma covardia. Cadê a Justiça?


Ele só não foi morto, graças a ação da Policia Militar

Alguém se lembra desse caso? 20 de maio de 2010, o cidadão pai de família, filho de Juazeiro do Norte no Ceará, que teve a coragem de cobrar de forma dura à aplicação honesta do dinheiro público é vitima de um sequestro e tortura e só não morreu, por conta da intervenção da Polícia Militar que ao tomar conhecimento do sequestro do senhor Gilvan Luis, saiu no encalce dos seus algozes e evitou que o Editor do Jornal Sem Nome fosse morto.

Um carro abandonado foi à primeira pista encontrada pela policia para elucidar o caso de repercussão rápida e até internacional. Dentro do veiculo, que logo fora identificada sua propriedade, estava um celular deixado pelos sequestradores e torturadores que apesar da identificação e pedido de prisões preventivas, até hoje não foram punidos. AO CONTRÁRIO, poucos dias depois de toda ação covarde de violência praticada, o mesmo jornalista denunciava que o grupo de guardas municipais que fazia a segurança pessoal do Prefeito de Juazeiro do Norte Ceará, indiciado pelo Delegado Levi Leal como autores do crime, foram contemplados com dinheiro em pagamento de diárias por serviços prestados a Guarda Municipal.

Em dois anos, se quer, a Justiça quebrou o sigilo telefônico dos acusados do crime.

O Delegado Levi Leal se debruçou no inquérito e fez seu trabalho, mesmo pagando caro pela coragem de enfrentar interesses políticos, sendo inclusive, detonado pela própria instituição que representa, sendo acusado de forma vergonhosa, de um crime que não cometera, sendo levado a Delegacia da Policia Federal e lá recebendo voz de prisão. Tudo reparado pela mesma Justiça que até hoje falha no caso Gilvan Luis quando não acata os pedidos do mesmo Levi Leal e se quer, aceitou até agora, os pedidos de quebra de sigilo telefônico dos acusados feitos por Doutor Levi.

20 de maio de 2012, dois anos de um ato abominável, praticado por gente do poder que o Gilvan Luis criticava. Foi assim que o Delegado de Policia e um Promotor de Justiça viram.

O Delegado indicia os acusados da ação direta do sequestro, tortura e tentativa de homicídio. Guardas Municipais, seguranças pessoais do Doutor Santana. O Promotor pede o indiciamento do Prefeito como mandante do crime o que não é aceito pela Procuradoria de Justiça do Estado e Justiça Estadual.

Gilvan Luis nunca teve dúvida da participação do Prefeito Santana no crime

Ninguém pagou até hoje por nada pela participação no crime. O processo não anda e se anda, a população não sabe por conta da falta de informação do judiciário que nada fala sobre o assunto que é protegido por um tal de segredo de justiça.

O tempo passa e sentindo que a impunidade reina no caso, o autor principal da tragédia, sente-se acuado. Deixou de publicar seu periódico de forma sistemática como fazia antes de ser vitima da truculência do poder implacável da então força de segurança do Doutor Santana. Sem Justiça, o medo toma conta do cidadão que passou a ser culpado ao invés de vitima e com as poucas forças que ainda possui, tem a coragem de chegar ao programa de televisão de grande audiência e dizer: “ Se a Doutora Juíza Ana Raquel me chamar, posso provar que pelo menos três pessoas arquitetaram o meu sequestro. Entre alas, uma senhora que pode ter 70 anos de idade.” Cobra.

Toda ação de violência, deixou um cidadão acuado, que não mais publicou o jornal como antes de ser sequestrado e torturado.

Gilvan Luis não disse quem serial tal senhora, mas adiantou que seria gente bem próxima do Prefeito Manoel Santana. Difama Gilvan Luis, ou apela? Não se sabe. Mas bem que poderia ser levado a sério e ter a oportunidade pedida à senhora juíza que cuida ou já cuidou do caso. O que ele diz quem sabe possa mudar o curso da investigação que ainda se encontra em curso?

Esse fator declarado ao vivo no Cidade Urgente desta sexta-feira (18), pode ser preponderante para a reabertura do caso que voltaria a Delegacia de Policia Civil e coincidentemente as mãos do mesmo delegado que iniciou as investigações e assim, dúvidas seriam tiradas e não imputadas a responsabilidade do cumprimento do dever de quem teve e tem nas mãos o que Deus lhe deu: A oportunidade de ser justo em um caso que por pouco não faz mais um pai de família um defunto, enterrado, deixando seus dois filhos órfãos e uma viúva, como tantas outras que quase diariamente são feitas nessa cidade.

Por: Wilson Melo

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