sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Muito além da corrupção


O Brasil é tido como um dos países do planeta, mais vulneráveis à corrupção. Podem-se alinhar justificativas históricas, sociológicas, políticas, educacionais, culturais, em fim a escolha é livre, mas o “ponto g” deste descalabro está mesmo na eterna luta pelo poder, na prepotência e na ação dos corruptos, infiltrados há gerações em todas as nossas frágeis instituições.

Vivemos muitos períodos de totalitarismo e acompanhamos os eventos marcantes por toda a América Latina, para saber que, a cada dia, mais governantes eleitos por vias democráticas, estão desprezando a construção do estado democrático de direito e privilegiando o totalitarismo. Utilizam as liberdades para praticar os abusos mais infames.

Pior que isso é a infiltração da ONU e organizações como a OEA, apreciando e aprovando os danos sociais, que estes governantes da nova era socializante impõem, desprezando valores e tradições culturais marcantes.

Cada tentativa de “salvadores da pátria”, populistas da direita ou da esquerda, tem resultado na continuidade e aumento da insegurança, tráfico de drogas, pobreza e analfabetismo, altos impostos, carências de saúde e saneamento, terrorismo político, desemprego, propaganda enganosa e coerção social.

A única alternativa dos ditadores totalitários, fascistas, nazistas ou comunistas, temos exemplos em curso em nosso continente: Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador e discretamente no Brasil, tem sido a supressão das liberdades democráticas, do uso livre da propriedade privada, a compra de votos e das consciências dos “formadores de opinião”, a invasão da privacidade e a ocupação de todos os postos de mando na estrutura de governo, por agentes da mesma ideologia que provoca e dissemina luta de classes: o marxismo.
A democracia e o estado de direito são os únicos parâmetros sociais que valem a pena defender. As sociedades mais destacadas e bem organizadas na história da civilização moderna emergiram da subordinação dos poderes do estado à Lei. A força da Lei, acima dos poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – agindo de modo independente. Leis subordinando os objetivos particulares dos homens designados para a gerencia do por prazo determinado.

Nossos problemas vão conhecer um curso livre de soluções, quando as liberdades individuais, empresariais, econômicas e institucionais, puderem estar sob a força da Lei. Quando a nação puder interferir com zelo consciente, em cada posto de trabalho, na defesa das liberdades, preservação da cultura e valores familiares e na defesa intransigente para a construção do estado democrático de direito. A evolução social é a condição primeira para a riqueza, a paz e o bem estar. É condição para entender e assimilar as mudanças naturais, diferentes de engolir as mudanças revolucionárias à força.

Podemos superar o terrorismo dos dias correntes, no Brasil e no mundo, sem a necessidade de decretos e leis exclusivas, que jogam uns grupos sociais contra outros. Então, cidadãos como os de Sarandí, um município cafeeiro do norte do Paraná com 85.000 habitantes, não vão se mobilizar mais em protesto contra a corrupção, o desvio de verbas e favorecimentos da Prefeitura que, copiando o costume das políticas nacionais, cria problemas e impostos que travam a livre iniciativa dos cidadãos, paralisando atividades enquanto esperam o pronunciamento da Justiça sobre dezenas de inquéritos.

Por todo o país, governos estaduais e municipais, políticos de todas as cores e tendências, copiam o que se reflete desde Brasília: nepotismo, subornos, extorsão, tráfico de influência, contas e contratos secretos, utilização da informação privilegiada para benefício pessoal, compra e venda de sentenças desmoralizando o Judiciário, presentes e pagamentos mensais, corrompendo políticos e ocupantes de cargos públicos.

Incompetência administrativa e roubo descarado em todos os níveis, com ameaças, processos, censuras e até assassinatos impunes. Os acusadores são acusados de opositores. E as provas dos crimes somem.
sto que propalam como “democracia”, impede a punição de governantes e autoridades corruptas. Eles têm profunda paixão pelo poder e para mantê-lo, utilizam a ignorância, concentram, controlam, violentam as leis, mantêm as remunerações em desigualdade absurda, desviam verbas dos fins orçamentários, utilizam notas fiscais falsificadas para prestação de contas, alimentam vícios de toda natureza, viciam processos eleitorais e contam com a indiferença da ONU, da OEA e com louvores da mídia dominada por grupos de interesse igualmente corruptos e corruptores.

A propaganda é uma de suas ferramentas de desmontagem cultural e desinformação segmentada, cirúrgica, cientificamente aplicada para manter os currais eleitorais, para manter a miséria espiritual e material, que concentra o aplauso para um ídolo do esporte, da TV, do show milionário ou do governante ator, a serviço das falsidades que subvertem e corrompem a consciência coletiva, a consciência dos pobres de espírito e dos desesperados.

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