A corrupção no Brasil custa ao país 69 mil milhões de reais (31,2 mil milhões de euros) por ano, revela um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
O estudo "Corrupção: custos económicos e propostas de combate", disponível na página de Internet da FIESP, revela que, em 2008, "o custo médio anual da corrupção no Brasil representou entre 1,38 por cento a 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, cerca de 41,5 mil milhões de reais (18,5 mil milhões de euros) a 69,1 mil milhões de reais (31,2 mil milhões de euros).
Entre 1990 e 2008, a média do PIB per capita no Brasil era de 7,9 mil dólares (6,3 mil euros). No entanto, o estudo constata que, "se o Brasil estivesse entre os países menos corruptos, este valor subiria para 9,1 mil dólares" (7,3 mil euros).
No ranking da corrupção elaborado pela Internacional Transparency, o Brasil surge na posição 75 entre 180 países analisados.
Numa escala de zero a 10, em que os números mais altos representam os países menos corruptos, o Brasil tem uma nota de 3,7, quando a média mundial é de 4,03 pontos.
O estudo exemplifica também os investimentos que o Brasil poderia fazer em várias áreas se não houvesse tanta corrupção no país.
Na educação, a FIESP afirma que o número de alunos na rede pública de ensino saltaria de 34,5 milhões para 51 milhões de alunos.
Isso significaria um aumento de 47 por cento e abrangeria mais de 16 milhões de jovens e crianças.
A Federação das Indústrias revela ainda que as camas nos hospitais públicos podiam crescer 89 por cento, o que significaria mais 327 012 camas para os doentes.
Na habitação, mais 2,9 milhões de famílias poderiam entrar no Programa Especial de Realojamento, que teria assim um aumento de 74,3 por cento.
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