segunda-feira, 23 de maio de 2011

NOVOS MUNICÍPIOS: Uma má ideia dos políticos cearenses.


Outra vez, hospedou-se em mentes obscuras da política cearense a ideia de criação de novos municípios.
Para quem trabalha e produz – na indústria, no comércio, na agricultura, na pecuária, no serviço, nas finanças – é uma péssima ideia.
Primeiro, porque, se vingar, repartirá um bolo que já é pequeno e mal dividido.
Segundo, porque a quase totalidade das novas unidades municipais às quais os maus políticos desejam dar vida não tem hoje, nem terá amanhã, renda tributária própria para bancar o custo da máquina administrativa e do que de lamentável a ela, por inércia, se agregará.
Terceiro, porque a população já não aguenta mais ver seu imposto escorrer pelo ralo da má gestão e da corrupção.
No Ceará, dezenas de sedes municipais – as cidades – não têm aterro sanitário para dar destino final aos seus resíduos sólidos; nem ao menos um hospital; nem transporte escolar e nem escola de qualidade.
Mesmo nos chamados grandes e ricos municípios – como o de Juazeiro do Norte, por exemplo, ou como o de Fortaleza – essas deficiências são fraturas expostas por repetitivos equívocos administrativos.
Vejam o caso de Nova Russas, cujo prefeito foi preso por falta grave, mas comum na crônica do chamado municipalismo.
A política é o caminho certo pelo qual, na democracia, são feitos, ou deixam de sê-lo, os arranjos institucionais. Os políticos cearenses precisam corrigir o rumo de seu caminho.

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