domingo, 31 de julho de 2011

PP tem esquema de corrupção no Ministério das Cidades e Trens de Fortaleza estão sob suspeita, diz revista.

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, nega todas as denúncias.

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Foto: Renato Araujo/Agência Brasil
 Depois dos esquemas de corrupção descobertos no ministério dos Transportes e das denúncias de desvio de verba pública e mais corrupção no ministério da Agricultura e na Agência Nacional do Petróleo, a revista “IstoÉ” revela que um partido político mantém um esquema de corrupção no Ministério das Cidades. Os trens urbanos de Fortaleza estão entre as obras com suspeitas questionadas pelo Tribunal de Contas da União. Confira abaixo os principais trechos da reportagem.

Uma reportagem da revista ’IstoÉ’, que chega às bancas de todo país esta semana, afirma que políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram com campanhas eleitorais do Partido Progressista (PP)  no ano passado. Segundo a denúncia, o tesoureiro da sigla, Leodegar Tiscoski, e outros executivos ligados ao partido liberavam recursos para obras consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), algumas delas com recomendação de “retenção dos pagamentos”. 

Ceará

A revista afirma que três grandes construtoras, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, repassaram um total de R$ 7,5 milhões para as campanhas do PP. Os trens urbanos de Fortaleza, sob responsabilidade da Camargo Corrêa e Queiróz Galvão estão entre as obras com suspeitas questionadas pelo TCU e apontadas pela reportagem.

E mais

São citadas ainda as obras relacionadas aos trens urbanos de Salvador (BA), a cargo da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez; à implementação da linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, tocada pela Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen; e o complexo viário Baquirivu-Guarulhos, em São Paulo, a cargo da construtora OAS.

Esquema

A reportagem afirma que, dos gabinetes do Ministério das Cidades, comandado pelo PP, os políticos favoreciam empreiteiras que contribuíram financeiramente com campanhas eleitorais do partido no ano passado. O ministro das Cidades, Mário Negromonte, negou com veemência as acusações.

Segundo a revista, documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que, em dezembro de 2010, Tiscoski,  secretário de saneamento do ministério desde 2007, assinou a prestação de contas do partido. Ele afirmou à revista que não assina mais cheques ou ordens bancárias como tesoureiro, mas admitiu que “encaminhou” a prestação de contas ao Tribunal.

Progressista

O PP informou que as finanças do partido estão a cargo do primeiro tesoureiro, o ex-deputado Feu Rosa, que, segundo a revista, é assessor especial do ministérios das Cidades, cuidando do relacionamento do ministério com o Congresso.

A reportagem diz ainda que as empreiteiras contribuíram oficialmente com R$ 15 milhões nas campanhas do PP em 2010, sendo a maior parte (R$ 8,7 milhões) na forma de doações ocultas. “Isso significa que o dinheiro foi para a conta do partido, durante a campanha eleitoral, e imediatamente distribuído entre seus candidatos”, afirma a publicação.

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