CONTRATOS
DO GOVERNO COM EMPRETEIRAS CONTAMINA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, COM A
PROLIFERAÇÃO DE ADITIVOS MILIONÁRIOS NAS OBRAS PÚBLICA.
BRASÍLIA
– Praticamente todos os órgãos do governo são vitimas de
irregularidades. Seguindo o que acontecia durante o governo Lula, a fase
Dilma tem a gestão contaminada pela ingerência política. Órgãos
estratégicos como o Banco do Nordeste (BNB), a Companhia do
Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa) protagonizam disputas por poder entre os
pertidos da base do governo. Outros, como as superintendências de
Desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste (Sudam e Sudene), além do
Banco da Amazônia (Basa), são alvos de acirrada disputa entre caciques
partidários da base aliada, mas a presidente está segurando as
indicações políticas até agora.
O ministro Guido Mantega lutou
para indicar um afilhado de de Santa Catarina para presidir o Banco do
Nordeste do Brasil (BNB), Tinha até o aval da presidente Dilma. Mas, a
pressão do PT cearense foi mais forte e acabou sendo nomeado Jurandir
Santiago, afilhado político do deputado federal José Nobre Guimarães
(PT-CE). Funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal (CEF),
Santiago comandava a Secretaria de Cidades do governo cearense antes de
assumir o banco. Deixou a pasta sob suspeita do Ministério Público do
Ceará, que investiga desvio de verbas públicas para a construção de
banheiros em comunidades pobres do estado. As apurações mostraram que o
dinheiro foi desviado, por meio de convênios, para entidades fantasmas
ou que, embora funcionem, não fizeram as obras
Sob suspeita, 56 convênios no CE
Estão sob suspeita 56 convênios
de 2010 do governo cearense para obras em 37 municípios. Como
secretário, Santiago assinou ao menos sete, cujos valores foram
transferidos a entidades ligadas a parentes e funcionários do
ex-presidente do Tribunal de Contas do Ceará, Teodorico Menezes, que se
afastou do cargo em meio à crise. A promotoria pretende ouvir o
presidente do BNB esta semana. Será pedida a quebra do sigilo fiscal e
bancário dos envolvidos, de acordo com o promotor Eloilson Landim,
responsável pelo caso
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