Mobilização por ética faz conta para novos atos.
As manifestações do 7 de Setembro contra a corrupção foram “um primeiro passo” e têm razões de sobra para crescer, mas não será fácil fazê-las superar os desafios e ganhar peso na sociedade. É assim que ongueiros, entusiastas e estudiosos veem os protestos da terça-feira em Brasília, São Paulo e outras capitais, cujos organizadores já marcaram para 12 de outubro uma segunda etapa da cruzada.
“É um movimento positivo, só esperamos que não se torne um simples modismo”, diz o presidente do Ministério Público Democrático (MPD), Claudionor Mendonça dos Santos. Além disso, atacar a corrupção é complicado, adverte. “No caso, seria preciso as pessoas pararem de ver a sociedade como vítima dos políticos, porque ela é, em grande parte, coautora das irregularidades.”
“Essa cruzada começou em 1999 e cresce aos poucos. Só o MCCE, que ajudou em parte a organizar as passeatas, reúne 52 ONGs e associações, como OAB, Movimento Nossa São Paulo, promotores, magistrados, grupos católicos e evangélicos, áreas de educação, agricultura, peritos criminais.”
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