segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mato Grosso da Corrupção: Políticos cassados, mas no poder por liminar e outros pegos de calça curta se “rebelam” contra juiz federal e procurador

O encontro do PP começou com um clima tenso devido à deflagração da Operação Jurupari, que resultou na prisão de familiares e servidores do deputado José Riva [presidente da Assembléia, mas afastado pela Justiça da administração da Casa por diversas irregularidades. Responde a dezenas de processos. A mulher dele foi presa na Operação Jurupari], principal liderança do partido. O deputado federal licenciado Pedro Henry [Na foto ao lado: cassado por compra de votos, mas no poder por conta de liminar, denunciado no Mensalão e outros escândalos no Congresso; O irmão dele foi cassado após eleição no reduto eleitoral da família, a cidade de Cáceres] resolveu acabar com a polêmica e informou que a legenda irá buscar apoio de todos os demais partidos para se "rebelarem"contra o juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, o procurador Mário Lúcio Avelar, autor da denúncia, e o ex-procurador Pedro Taques, pré-candidato ao Senado.

Na opinião de Henry, o magistrado e Avelar estão usando a Justiça Federal para beneficiar Pedro Taques. “O Julier queria ser governador e caminhou com Avelar para beneficiar a candidatura do ex-procurador e pré-candidato ao Senado usando a Justiça para projetos políticos”, afirmou na abertura do encontro.

Pedro Henry reforçou que a operação tem motivação política e adiantou que a mobilização suprapartidária pedirá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a apuração dos fatos em Mato Grosso. “Vamos reunir todos os partidos políticos deste Estado e pedir ao CNJ investigação apurada sobre o que está ocorrendo em Mato Grosso”, declarou, ao lembrar que também irá procurar o Conselho Nacional do Ministério Público.

O progressista chegou afirmar que já iniciou as conversações com as lideranças de outros partidos. "Já procurei o governador peemedebista Silval Barbosa [que tem assessor direto preso pela Polícia Federal na Operação Jurupari], o ex-governador Blairo Maggim do PR [que fez um bom governo, mas tem a administração manchada por superfaturamentos em compra de maquinários destinados à 141 prefeituras, além de dezenas de ônibus a APAEs], Eilson Santos e Jaime Campos do DEM [responde, entre outros, a processo junto com outros gestores, por superfaturamento milionário de obra de hospital], estamos convocando todas as forças políticas de Mato Grosso".

Henry destacou o erro causado pelo magistrado e que resultou na prisão do genro do deputado José Riva, Carlos Antônio Azóia, solto na noite de domingo (23). O empresário teve o mandado de prisão decretado, porém seu nome não constava da decisão proferida por Julier.

“Pessoas de bem são presas sem ordem e depois de toda execração pública são liberadas. A famigerada Operação Pacenas foi para o lixo, impediu o saneamento básico e prejudicou a sociedade cuiabana e ninguém relata isso”, rechaçou.

Para acabar com qualquer polêmica sobre o assunto, Henry destacou que o encontro do PP nesta segunda-feira (24) tem a intenção de criar uma agenda de conversação com outros partidos. “Esta é uma reunião de trabalho e com é essa agenda que vamos conversar com outros partidos e por isso não quero que ninguém mais discuta esse assunto. Nós acreditamos na Justiça que serve ao interesse social e que prende bandidos e não na que usa o poder Judiciário, o Ministério Público Federal e a Justiça Federal por interesses políticos”, discursou.

Fonte blog O Brasil da corrupção

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